17º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Unidos no Espírito pelo vínculo da paz, tomamos parte no banquete eucarístico para nutrir nossa fé. Diante das necessidades do povo faminto, somos convidados a nos sentirmos responsáveis para que a ninguém falte o pão de cada dia. Memorial do mistério pascal de Jesus, a Eucaristia nos revela que o pão se multiplica à medida que é partilhado.

Um grande profeta surgiu, / surgiu e entre nós se mostrou; / é Deus que seu povo visita, / seu povo, meu Deus visitou! (Lc 7,16)

Evangelho: João 6,1-15

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João

Naquele tempo, 1Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. 2Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. 3Jesus subiu ao monte e sentou-se aí com os seus discípulos. 4Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. 5Levantando os olhos e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” 6Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. 7Filipe respondeu: “Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um”. 8Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9“Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?” 10Jesus disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens. 11Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. 12Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!” 13Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. 14Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o profeta, aquele que deve vir ao mundo”. 15Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte. ­

Palavra da salvação.

Reflexão:

Estava próxima a Páscoa. Celebrar a Páscoa era atualizar, por meio de ritos e palavras, o acontecimento mais significativo para o povo de Deus: a saída da escravidão do Egito (Êxodo). Era a festa da libertação. Ora, é nesse contexto que Jesus sacia a multidão faminta. Serve-se do que o povo traz consigo, cinco pães e dois peixinhos (7 é símbolo de totalidade), bendiz a Deus pelos bens da criação e distribui o alimento, de tal modo que todos ficam satisfeitos e ainda sobra muito, que é recolhido. Não se deve desperdiçar o dom de Deus. Jesus é o grande libertador da fome da humanidade (fome material e fome espiritual). Usa o expediente da partilha do alimento entre todos. Mais tarde, ao instituir a eucaristia, Jesus entregará sua própria vida “para a vida do mundo”.

Oração

Misericordioso Jesus, com os cinco pães e os dois peixinhos que um menino te entregou, organizaste a partilha de alimento. Dando graças a Deus pelos bens da criação, saciaste a fome da multidão. Se nosso coração se abrir para a generosa partilha dos bens, haverá pão em todas as mesas. Amém.

(Dia a dia com o Evangelho 2021 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Fonte: https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/#.YPzimuhKjIW