12º DO TEMPO COMUM

O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e salvação do seu ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vossos servos (Sl 27,8s).

A liturgia nos desafia a confessar que Jesus é o Cristo de Deus, fonte de amor e de vida, aquele que sacia nossa sede. Alimentando a fé com a Palavra e a Eucaristia, podemos derrubar as barreiras e divisões discriminatórias e reconhecer que somos um em Jesus Cristo. Celebremos em comunhão com os migrantes, neste dia a eles dedicado

Minhas ovelhas escutam minha voz, / minha voz estão elas a escutar; / eu conheço, então, minhas ovelhas, / que me seguem, comigo a caminha

Evangelho: Lucas 9,18-24

Aleluia, aleluia, aleluia.

Minhas ovelhas escutam minha voz, / minha voz estão elas a escutar; / eu conheço, então, minhas ovelhas, / que me seguem, comigo a caminhar (Jo 10,27). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas

Certo dia, 18Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então, Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?” 19Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”. 20Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. 21Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. 22E acrescentou: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”. 23Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me. 24Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

O texto deste domingo se desenrola em três temas: a confissão de Pedro em nome da comunidade, o anúncio da paixão e o convite a seguir o Mestre. Percebemos através das respostas os vários entendimentos a respeito de Jesus. É reconhecido como figura importante na história da humanidade, mas somente os discípulos o reconhecem como o “Messias de Deus”. A partir da resposta de Pedro, o Mestre chama a atenção dos discípulos para esclarecê-los de que não será um “Messias poderoso, conquistador e triunfalista”, mas apenas o “Filho do Homem”, que sofrerá, será rejeitado e entregue às autoridades, que o condenarão à morte. Será o Messias doador da própria vida em favor dos mais vulneráveis e desprezados. Jesus assume a causa dos pobres e, por isso, será condenado à morte. Seu sofrimento e sua morte não são um desejo masoquista dele, nem é vontade de Deus que assim aconteça, mas são consequência de sua fidelidade ao Pai. Além disso, convida quem estiver disposto a segui-lo, devendo renunciar a tudo o que possa impedir o seguimento fiel. Quem quiser segui-lo terá de se identificar com seu projeto, sabendo que poderá ser desafiado a ponto de doar a própria vida. Renunciar a si mesmo é desfazer-se da ambição do enriquecimento, do poder e da glória.

(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Fonte: https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/#.Yq52KXbMLIV