O Senhor se tornou o meu apoio, libertou-me da angústia e me salvou porque me ama (Sl 17,19s).
Na Eucaristia, memorial da vitória da vida sobre a morte, reconhecemos em Cristo nosso Mestre e a árvore boa que produz frutos saborosos de salvação. O Senhor nos reúne em assembleia e nos quer empenhados em colaborar na sua obra. Aprendamos a ver com seus olhos nossas fragilidades e a externar as coisas boas do nosso coração.
Evangelho: Lucas 6,39-45
Aleluia, aleluia, aleluia.
Como astros no mundo vós resplandeceis, / mensagem de vida ao mundo anunciando; / da vida a Palavra, com fé, proclamais, / quais astros luzentes no mundo brilhais! (Fl 2,15s) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 39Jesus contou uma parábola aos discípulos: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? 40Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. 41Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão e não percebes a trave que há no teu próprio olho? 42Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão. 43Não existe árvore boa que dê frutos ruins nem árvore ruim que dê frutos bons. 44Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos. Não se colhem figos de espinheiros nem uvas de plantas espinhosas. 45O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração. Mas o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, pois sua boca fala do que o coração está cheio”. – Palavra da salvação.
Reflexão:
O Evangelho deste domingo continua e conclui o “sermão da planície”. O texto apresenta três pequenas parábolas em forma de questionamento: o cego, o cisco e a árvore. A parábola do cego e a do cisco no olho são um questionamento a respeito do julgamento que as pessoas tecem sobre os outros. Lucas mostra claramente que devemos ter muito cuidado ao julgar. Um cego não tem como guiar outro cego. Não dá para guiar os outros enquanto não consegue guiar a si mesmo. Jesus desmascara a hipocrisia que pode haver nas pessoas ao se colocarem acima de outras. Os discípulos também podem se tornar cegos à medida que não conseguem distinguir os verdadeiros valores do Reino de Deus. Antes de pretender tirar o cisco no olho do outro, é preciso tirar de si tudo o que impede de enxergar bem. A terceira parábola revela a pessoa a partir das suas ações. A exemplo da árvore, a pessoa é conhecida antes de tudo pelas suas ações. Quem tem consciência justa e reta, realiza atos justos e retos. A pessoa que é boa tira do seu coração só coisas boas. Ela precisa, porém, cultivar o bem dentro de si para poder ser boa com os outros. O Evangelho de hoje é uma reflexão sobre o que é ser mestre e ser discípulo na proposta de Jesus e orienta a remover a hipocrisia que pode haver no cristão.
Fonte: https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/27-domingo-4/#.Yh-p–jMLIU